O aumento astronômico de praticantes de exercícios é louvável e deve ser cada vez mais estimulado. Para se ter uma idéia, a quantidade de provas de corrida de longas distâncias( meia-maratona, maratonas e ultra maratonas) tem aumentado no Brasil de forma exponencial, tanto pela promoção de saúde quanto comercialmente para os organizadores.

O que vem chamando atenção através da mídia são os eventos fatais de praticantes durante essas provas ou no ambiente de academia, tanto de pessoas iniciantes quanto experientes.

A morte súbita no exercício é aquela que acontece durante ou até 24 horas após o término e acomete 1 a cada 53.000 atletas por ano. É um evento raro, porém catastrófico.

A principal causa entre esportistas com menos de 35 anos é a miocardiopatia hipertrófica, doença genética onde as fibras musculares do coração entram em fibrose, dilatam as paredes e, ao sofrerem sobrecarga( exercício físico), entram em falência, gerando arritmias ou infartos fatais.

Acima de 35 anos, as coronariopatias são a principal causa. Elas acontecem pelo entupimento das artérias por placas de gordura, associado ao estilo de vida, cigarro, entre outros. Isso leva ao infarto do miocardio e falência cardíaca no exercício.

Todas essas alterações são detectáveis através de exames de rotina, como eletrocardiograma, ecocardiograma, teste ergométrico entre outros, que podem ser avaliados pelo médico do esporte ou cardiologista.

A minha recomendação é fazer a avaliação pré-participação( famoso check-up) anual, você sendo iniciante ou esportista experiente. De acordo coma avaliação clínica, o seu médico saberá qual exame pedir, se houver indicação.

Não deixe de consultar anualmente o seu médico. Encoraje seus amigos a fazerem o mesmo. Uma simples avaliação pode salvar vidas.

Dr Luiz Tintori é médico do esporte pela SBMEE

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